domingo, 26 de fevereiro de 2017

Technical Ecstasy

                                                                     O PRINCÍPIO DO FIM





Considerada a banda que deu vida ao Metal, Black Sabbath havia gravado seu primeiro LP, homônimo, em 1970, disco conceitualmente diferente de tudo que já se havia visto e ouvido na música. O LP abre, arrebentando, com a faixa que dá nome ao disco e à banda, e que daria um rumo ao quarteto britânico e a um novo modo de fazer Rock a partir de então: o Heavy Metal.

Black Sabbath, a canção, foi composta pelo baixista, e principal letrista, Geezer Butler, fã incondicional de romances de terror e de magia negra, depois de assistir a um sucesso Cult italiano do gênero chamado "I Tre Volti Della Paura" (As Três Máscaras do Terror) de 1963, exibido com o nome de "Black Sabbath" na Inglaterra e nos Estados Unidos, contando a história de alguém que visitado por Satã (N.I.B., a quarta faixa do mesmo disco, conta a mesma história na versão próprio diabo). Segundo os membros do grupo ela foi inspirada numa experiência real do baixista, que teria visto, em seu quarto, uma figura negra, que despareceu, assim como surgiu, desaparecendo também com um livro de magia negra que Ozzy teria dado ao compositor. História promocional ou não, o fato é que a canção estreou tudo que viria depois, influenciando o Rock britânico, e mundial, tanto ou mais do que os Beatles fizeram na década anterior.

A temática do mal sempre havia feito parte das canções de Rock, a possibilidade de um encontro com o diabo sempre rondara as composições artísticas de todos os tempos, mas ninguém, ainda, havia conseguido registrar de maneira tão eficiente, simples e popular as simbologias do satânico, aliando referencialmente o dito na letra com o clima sugerido pela harmonização dos instrumentos, estrutura musical e  modo de cantar a melodia. Depois de sons de trovoada e chuva forte, com batidas pesadas e andamento extremamente lento (auxilado pelo trítono do diabo), a canção consegue levar qualquer pessoa para o plano do terror e do medo mais profundo, mesmo que não entenda uma só palavra do que diz a letra, somente com o que sugere a música em si. Ela é terrificante sem precisar da explicação, do logos contido no poema.

A canção de abertura de "Black Sabbath" abre também a carreira da banda, pautada na temática do oculto e da maldade humana e social; e abre também as portas do Rock para o Metal Pesado, de onde nasceriam, depois, as bandas mais cultuadas do gênero consequente do que ela criou sob as bigornas de Birmingham.

O disco foi sucesso, de público e de crítica, assim como o segundo, "Paranoid", ainda em 1970; assim como o terceiro, "Master of Reality", no ano seguinte; assim como o quarto, "Vol. 4" e o genial "Sabbath Bloody Sabbath" de 1973. Após um hiato de dois anos, em 1975, lançaram "Sabotage", tipo de álbum que separa ouvintes radicais em dois: os que o amaram e os que o odiaram, principalmente por se ter a impressão de um certo cansaço do grupo consigo mesmo; as canções parecem não seguir uma linha conexa de tema ou de estrutura, dando a entender que havia uma pretensão de seguir novas influências: no caso, o Rock Progressivo, incrivelmente, aquele que surgiu por influência do próprio Sabbath; fato este que se mostrou verdadeiro nos próximos álbuns em que, inclusive, os sintetizadores tomaram espaço cada vez maior na composição das canções; o que poria fim também no Black Sabbath original e clássico: o quarteto, do Rock pesado e sujo, falando do mal, do medo e do oculto.




Black Sabbath

                                                               (A banda)


Todos os integrantes eram de Birmingham, segunda maior cidade do Reino Unido e importante polo industrial da Europa, e filhos de trabalhadores de Classe Média. Começaram a tocar juntos, em 1966, depois que Iommi e  Ward leram, num anúncio, que alguém procurava músicos para formar uma banda; este alguém era John "Ozzy" Osbourne, antigo conhecido de escola de Iommi. Acrescentados, depois, o baixista, Geezer Butler, e o saxofonista, Aker Clarke, decidiram chamar a si próprios de Polka Tulk Blues Band, construindo um reportório de Blues e Rock Clássico. Com a saída de Clarke, decidiram mudar o nome para Earth, mais curto e mais impactante. Porém esse nome não durou muito, pois descobriram que já havia uma outra banda com esse mesmo nome; foi, então, que surgiu Black Sabbath, por sugestão Butler, que já trabalhava na composição da canção homônima.

Já era 1969, e o som da banda mudava rapidamente para o que conhecemos hoje como aquilo que soa como Black Sabbath (clássico), com a gravação de singles que abriram muitas portas e espaços pro grupo, de pubs famosos a estúdios conceituados. O primeiro álbum, também chamado Black Sabbath, veio em 1970, gravado em um único dia. Sobre isso, Tony Iommi diria: "Entramos no estúdio e fizemos tudo num dia só: tocamos nosso repertório daquele tempo e pronto. Achamos até que um dia era tempo demais [para gravar um disco], então viajamos no dia seguinte para tocar na Suíça por um cachê de 20 libras". Além disso, a mixagem do disco também não foi das melhores, mas isso não afetou o sucesso que a novidade intrínseca na obra poderia alcançar: o público e a crítica logo notou que algo novo, e bom, surgia naquele LP com oito músicas pesadas e obscuras. E estavam certos, o álbum "Black Sabbath" pode ser considerado tão influente no Rock quanto "Sgt. Pepper's" dos Beatles, ou mais, afinal, do primeiro álbum de Black Sabbath, surgiu, não só a carreira do próprio grupo, como também a de muitos outros.

Depois do sucesso dos primeiros discos, a banda começou a dar os primeiros sinais de esgotamento já em 1975,  quando do lançamento se "Sabotage", álbum em que a banda passou a experimentar novas sonoridades e estruturas musicais, muito influenciadas pelos mesmo que haviam se influenciados com eles: os grupos de Rock Progressivo e Hard Rock, muitas das faixas chegam a soar muito mais Led Zeppelin que o próprio Led Zeppelin. A formação clássica (Iommi, Ozzy, Butler e Ward) duraria só até 1978, com a gravação de "Never Say Die!"; Ozzy já havia saído em 1977, depois dos shows de "Technical Ecstasy", mas voltou pra gravar os vocais de outro álbum porque o grupo não consegui achar outro que o substituísse. Ozzy, porém, apenas gravou o disco e logo se retirou novamente, não fez um show sequer de promoção. Ozzy, como qualquer grande astro do Rock, também teve seus problemas com excesso de drogas e sexo, além de problemas pessoais, como a morte do pai e o divórcio da primeira esposa. Dos excessos todos, Ozzy se defendeu dizendo que era vítima de perseguição, pois o grupo todo (e todos os grupos) faziam o mesmo, e na mesma quantidade. Contudo, Ozzy, no Black Sabbath, era o único que obrigava o grupo a cancelar shows, ou se apresentar sem o vocalista, simplesmente porque o tal estava em estado de torpor tão deplorável, que não era capaz de se levantar da cama.

Depois da saída de Ozzy, os demais integrantes também saíram e voltaram infinitas vezes, exceto Tony Iommi, o verdadeiro Front Man do grupo; ele, inclusive, se apresentava a frente e no centro do palco, com o vocalista posicionado na lateral, formação nem um pouco usual para uma banda de Rock. A sonoridade de Black Sabbath também tomou um rumo muito diverso daquele que o projetou para o grande público, se aproximando, no início, do Rock Progressivo e, depois, do Hard Rock soando como o Glam Metal de Iron Maiden, banda também influenciada por Black Sabbath: seu nome, inclusive, deriva de um dos clássicos do Sabbath, "Iron Man".

Black Sabbath só retomaria a sonoridade e a formação clássica (mas sem o baterista original) em 2013, com uma turnê internacional e a gravação de inéditas, no derradeiro disco da banda: "13".




Technical Ecstasy

                                                              (White Album)




Deu branco. Assim como os maiores ídolos de Ozzy, The Beatles, Black Sabbath também teve sua fase crítica, iniciada na salada mista chamada "Sabotage", com clímax em "Technical Ecstasy" e desfecho trágico com "Never Say Die!".

O grupo fora genial desde o primeiro disco, sendo inovador e principiador em tudo, e segurou a onda sempre, até que grupos influenciados por ele, mas com pegadas diferentes, passaram a ser também seus concorrentes. Desde "Sabotage" o quarteto nem mesmo era mais quarteto: com a inserção de Gerald Woodruffe nos teclados, um quinto elemento surgia mudando a cara do som e o som dos caras, cada vez mais próximo do Hard Rock e do Progressivo. Assim, o Black Sabbath se tornava mais técnica e menos performática, o que acabaria por diminuir a importância de Ozzy, algo que ele sentiu e reclamou ao desabafar que os solos de Iommi mais pareciam parte de um grupo de Jazz, não de Rock.

A crise, em 1975 e 1976, também era econômica: os membros do grupo passavam por dificuldades financeiras, tendo gastado mais do que recebiam - o que, aliás, era fato corriqueiro em qualquer parte do globo em meados dos anos 1970. O uso e o abuso de drogas ilegais também fez parte do cotidiano deste grupo de sucesso - outro fato corriqueiro no mundo do Rock desde meados dos anos 1960 -, e, com isso: as diferenças postas em cheque, a incapacidade de compromisso e de organização exacerbadas, sendo o mais prejudicador Ozzy Osbourne (em constantes discussões com Tony Iommi e comuns faltas e atrasos a shows contratados) o começo do fim da banda se mostrava aparente.

Assim como os Beatles, o Black Sabbath também hasteou sua bandeira de rendição ao publicar um álbum branco em meio a crise, com esperança de melhora (It's All Right), mas em claro desacordo geral entre os integrantes; logo depois das turnês do álbum, Ozzy avisou que não voltaria mais a compor ou se apresentar com o Sabbath; mas, não tendo achado outro vocalista que o contentasse, Iommi pediu que Ozzy ao menos gravasse os vocais de "Never Say Die!"; Ozzy atendeu ao pedido e voltou a sair do grupo logo que terminadas as gravações. Era fim quase definitivo da formação clássica de Black Sabbath.

O álbum branco da banda mais dark da primeira metade dos anos 1970 era uma pá de cal no que representava o obscuro, o oculto, o medo, o terror, a guerra, a discórdia e o mal presente (e escondido) no homem, cantados nas letras divinas de Black Sabbath.

A grande diferença entre o Branco dos Beatles e o Branco do Sabbath é o resultado final: o quarteto de Liverpool deu o máximo de si, apesar das divergências, e publicou seu álbum mais icônico; o quarteto de Birmingham não se esmerou tanto nas composições, apesar da esperança, e publicou um dos álbuns mais desprezados pelos fãs.


Abrindo com "Back Street Kids", o Black Sabbath tenta dar a impressão, num Rock'n'Roll bom, mas leve (para os padrões Sabbath), quase dançante até, de que nada pode desintegrar a integridade do som e do espírito de quem cresceu com os garotos da rua de trás, alegoria muito usada por quem pretende se dizer do contra, à margem do usual, comportado e oficial. Porém não é exatamente o que canção mostra, nem o restante do disco, como veremos a seguir. A música soa mais Pop do que Rock, não fosse Black Sabbath, talvez não fosse respeitada por qualquer ouvinte sério de Hard e Metal; por isso, parece clara a intenção do grupo de se adequar aos novos tempos 'Brights' que viriam dali por diante.

Há uma desconformação entre letra e música, com a primeira dizendo que "Nobody I know will ever take my Rock'n'Roll away from me" (Ninguém que eu conheça vai levar meu Rock'n'Roll de mim) e a segunda querendo que o ouvinte balance os quadris e os ombros como só a melhor música Pop pretende e consegue; música pra colocar qualquer um nas rádios.

Na seguinte, "You Won't Change Me", o som lembra o desespero e o terror dos primeiros anos de Sabbath, mas com o mesmo tema de "Back Street Kids": "I am what I am / Nobody will ever change my ways". Nesta canção, o que se diz e o que se ouve se encaixam com maior coerência, porém ainda há aquela pequena dose de lamentação, no modo de cantar e no arranjo dos instrumentistas, que ainda deixam de confirmar fé plena no que se pretende expressar. Depois de declarar a máxima rebelde juvenil do Rock'n'Roll: não preciso de dinheiro e vivo o dia de hoje, o andamento pesado alivia um pouco e dá lugar a uma levada mais branda, onde o eu-lírico tenciona deixar de se lamentar para ouvir seu interlocutor, mesmo sabendo que isso não vai mudar em nada seu jeito. Mas, como já dito aqui antes, não é o que a evolução do disco vai mostrando, desde a letra até a instrumentação, com aquela deixando a obscuridade de lado e tratando de temas mais cotidianos e terrenos e esta deixando-se levar por influências do novo Hard Rock que surgia naquele tempo.

Há, na canção, também, referência muito transparente aos Beatles ao se notar inserido na letra um verso que também lembra a de uma das mais famosas do quarteto de Liverpool: "Nobody's gonna change my world" (Nothing's gonna change my world, Across The Universe), juntamente com uma guinada na música que a faz soar muito como as velhas canções do grupo extinto em 1970. Há que se dizer aqui que, ao menos Ozzy (ou o único a confessar) admirava os Beatles como quem admira a um Deus. Mais uma razão pra desconfiar-se que talvez esse disco seja mesmo o "White Album" de Black Sabbath anunciando seu fim no meio de uma convivência arrastada e conturbada.

Ainda na mesma onda: não presto, mas vou continuar assim, "It's Alright" vem ainda mais cristalina que as anteriores, e ainda mais Beatles que estas também, tanto na letra, que soa esperançosa (novidade no Black Sabbath), como na toada, que, se alguém dissesse ser uma esquecida nos arquivos da Apple, qualquer um acreditaria; soa tanto como Beatles, que foi cantada inclusive pelo baterista,  Bill Ward, como fosse uma dissonante na obra completa da banda, assim como era quando Ringo Starr era colocado pra cantar.

A canção começa e termina com o eu-lírico explicando que, apesar de estarem a procura de iniquidades, nunca encontrão, por isso a certeza de que tudo está bem:


"Told you once about your friends and neighbours
They were always seeking but they'll never find it
It's alright, cuz it's alright"

(Black Sabbath - Technical Ecstasy - Criteria
Studios: Miami; EUA, 1976)


É preciso também relembrar que os integrantes, neste período, enfrentavam graves problemas financeiros e pessoais; portanto, esse mantra esperançoso servia também como um bom conselho para o músicos do grupo principalmente.

"Gypsy", a quarta canção do disco, volta à temática do oculto, mas ainda se parece muito com o que faziam outras bandas de meados dos anos 1970; o som lembra muito o Hard Rock de Led Zeppelin e The Who, assim como o modo de cantar a musa, endeusada e empoderada, diante de um súdito fraco e vacilante. O arranjo também flerta com o Art Rock ao incluir um piano tocado à moda Supertrump, com direito a backing vocals feminilizantes. Se fosse uma tentativa de popularizar o ocultismo numa música leve e palatável, pode ser que tenha funcionado, mas se foi somente um modo de falar sobre mais do mesmo, mas com uma nova roupagem, pessoalmente, me parece uma bobagem do princípio ao fim.

Uma das letras mais intrigantes e uma das músicas mais empolgantes do disco, "All Moving Parts (Stand Still)" lembra mais o Heavy Metal do Sabbath que as anteriores, com letra difícil de decifrar e levada pesada. Mesmo assim, a inclusão dos teclados e as muitas viradas no decorrer da canção não deixam dúvidas sobre o quanto os caras de Birmingham queriam soar modernos como seus herdeiros no Hard Rock.

A letra traz o sentimento de alguém derrotado por aquele contra quem batalhava, talvez alguém representando o poder da guerra, onde o mais forte e mais violento é que vence. Sabendo-se que Ozzy e seus companheiros eram continuadores do pacifismo dos anos 1960, apesar de serem do Metal, pode ser uma boa dica de início pra encontrar a ponta desse novelo a ser desenrolado; principalmente se considerar-se que os vencedores, os Estados Unidos da América do Norte, se auto intitulavam salvadores do mundo e propagadores da paz e da liberdade.


"And he's saying all men should all be free
What a combination, peace and radiation
And he's saying free men should fight for me
Just like his momma, he seems to get his pleasure from pain
And the rain, ain't that strange? Very strange?"


(Black Sabbath - Technical Ecstasy - Criteria
Studios: Miami; EUA, 1976)


Assim, pode-se imaginar que o vencedor, aqui repudiado, pudesse ser aquele que, com ajuda da irradiação (bomba H), conquistou a paz e levou a liberdade àqueles que temiam sua ira.

Voltando ao início do disco, o Rock, além de servir como base de rebeldia e âncora de segurança, agora também é cantado como remédio certo e urgente pra quem não aguenta mais ouvir falar das voltas que o mundo dá:


"Well i'm sick and tired of hearing 'bout the world and its hang ups
Gonna get myself together,
Take a ride downtown
Gotta see my rock 'n' roll doctor
Gotta see my rock 'n' roll doctor
Gotta see my rock 'n' roll doctor
Gotta see him, see him today
He's gonna blow me away"


(Black Sabbath - Technical Ecstasy - Criteria
Studios: Miami; EUA, 1976)


"Rock'n'Roll Doctor" é bom, direto e empolgante, como deve ser qualquer remédio que se preste a acabar com o tédio cotidiano. Se você não procura reflexões e foge de problemas, esse respiro no lamaçal da maldade humana, de Black Sabbath, é uma boa pedida pra noite toda.

 "She's Gone". Letra composta por Ozzy depois de divorciar-se de sua primeira esposa, é lenta, dramática e pesada. Apesar de soar como balada, talvez seja a canção do disco que mais se aproxime do que havia sido antes o Black Sabbath: banda com temática obscura e sem finais esperançosos, justamente o oposto do que se ouviu até a canção sexta da obra.

A letra fala do lamento no fim de um relacionamento, e a interpretação de Ozzy é tão autentica e sincera, que o drama descrito se torna peso pra canção, o que faz o ouvinte retornar ao clima de ocultismo presente nos primeiro LPs da banda. É uma interpretação emocionante e imperdível.

"Technical Ecstasy" termina com chave de ouro. Apesar da letra ainda ser sobre o cotidiano do homem comum num lugar qualquer e a música também partir da influência do Progressivo e do Hard Rock, "Dirty Women"  é muito boa e bem feita; tanto, que foi presença obrigatória nos shows da banda, com ou sem Ozzy.

É sobre um homem que, ao buscar prazer, e sem ter com quem, mesmo sabendo que seria uma desvantagem e não uma vitória, se submete à conquista rápida e eficiente comprando uma prostituta que lhe sirva.

Tanto a letra quanto a música são indicações do que se tornaria o Black Sabbath no fim dos anos 1970 e nos anos 1980, banda de primorosa atuação técnica cantando sobre angústias mais humanas.

"Technical Ecstasy", o começo do fim de uma formação e sonoridade clássicas, iniciou tentando dizer que nada mudaria o Rock'n'Roll do Black Sabbath, ou o próprio Black Sabbath, mas não conseguiu manter sua promessa nem mesmo até a última faixa do LP, e, ao contrário, provou que tudo tem mesmo um fim, sobretudo aquele ou aquilo que encabeçou uma virada nos rumos estéticos e/ou ideológicos de qualquer movimento. O Hard Rock virou Heavy Metal depois de Black Sabbath e o Black Sabbath virou lenda depois do Heavy Metal: nunca mais Black Sabbath, nunca mais Heavy Metal, e vice-versa.



















REFERÊNCIAS


Site

Black Sabbath


Crítica

(Black Sabbath)

Collectorsroom
Plano Crítico
Na Mira do Groove
Aumenta que isso é Rock'n'Roll
O Globo
Whiplash (13)


(Technical Ecstasy)

Whiplash
El Portal Del metal
Metallizeo
Mundo Controverso